não devia ter vindo > music complete | new order
não devia estar aqui, não devia ter vindo... assim.
nem devia ter chegado, aqui.
mas a verdade, é que aqui estou.
e assim sendo, aproveito...
aproveito para falar... e fico até um pouco incomodado... desconfortável até, talvez.
porque não falar de música, ao invés...
é sempre fácil partilhar, adicionar links... mais fácil, mais rápido. menos comprometedor...
é no entanto, mais interessante falar, dizer o que nos vai na alma...
é que não é costume. na música não é costume... falar.
falar-se assim de música e do seu silêncio também contido.
nem devia ter chegado, aqui.
mas a verdade, é que aqui estou.
e assim sendo, aproveito...
aproveito para falar... e fico até um pouco incomodado... desconfortável até, talvez.
porque não falar de música, ao invés...
é sempre fácil partilhar, adicionar links... mais fácil, mais rápido. menos comprometedor...
é no entanto, mais interessante falar, dizer o que nos vai na alma...
é que não é costume. na música não é costume... falar.
falar-se assim de música e do seu silêncio também contido.
falo então dos newOrder... e das deliciosas melodias que produzem...
e não é fácil falar dos newOrder... embora por vezes pareça.
porque estarei a musicar a fala...
e nos newOrder toda a música nos absorve... porque tudo sintetiza.
e não é fácil falar dos newOrder... embora por vezes pareça.
porque estarei a musicar a fala...
e nos newOrder toda a música nos absorve... porque tudo sintetiza.
o que dizer... o que posso dizer... desde o primeiro single o ceremony, que os acompanho.
os primeiros registos são serenos e até sofridos. que não sofríveis.
existia aqui uma serenidade intangível... soberba...
uma tranquilidade que por vezes se imagina e deseja...
assim na distância. destes 35 anos que entretanto se passaram muito aconteceu.
e alguma música resistiu, sublime.
o novo disco já não era aguardado...
após tantas incidências... tantas dissidências... surge agora.
confesso. não é de longe um grande disco.
mas já os seus antecessores também não o foram.
desde technique que os newOrder já não mostravam um apuro...
existiam sim... melodias soltas... pontualmente interessantes.
o get ready é um bom exemplo disso...
mas, e o que dizer de music complete...
é estranho. o baixo do peter hook já lá não está... tentando estar...
as músicas soam estranhas... por vezes roçam até o disco-sound... com coros tipo supremes... mas também há melodias maiores... povoadas com os fantasmas dos kraftwerk... fortes... e seguras. eficazes mesmo.
o imaginário permanece lá... mesmo com a erosão do tempo...
a trilogia unlearn this hatred... the game... superheated... é disso exemplo.
e perante a mudança de editora, permanece o design do peter saville... que se mantém fiel a si mesmo.
a capa é tudo menos anónima... aliás como todas as capas dos newOrder de peter saville...
mas não digam nada, eu sei...
sim, eu sei. não devia ter vindo.
não devia estar aqui.
sim, eu sei. não devia ter vindo.
não devia estar aqui.