sexta-feira, 24 de abril de 2015





















todo o tempo treme > her handwriting | trembling blue stars




hoje vou falar, de quem ninguém fala...
hoje vou falar do bobby wratten... e de uma das usas inúmeras incursões no universo musical...
centro-me nos trembling blue stars... como poderia falar de um qualquer outro projecto... todos igualmente e deliciosamente pop... banhados de uma luz ténue... e de um sorriso permanente nos lábios...
não... não é que as melodias dos trembling blue stars sejam alegres... que não o são...
são, isso sim... invulgarmente simpáticas... e sempre, mas sempre melancólicas... que contam histórias de relações à beira da ruptura...  
her handwriting é o seu primeiro registo sob este nome... e que já viajou pelos the field mice... northern picture library... the occasional keepers... até esporadicamente pelos future coditional... obviamente pelos trembling blue stars... e muito, mas mesmo muito recentemente no seu novo projecto... solitário, denominado lightning in a twilight hour...
o denominador comum é esse mesmo... o sofrimento de relações passadas e esporádicas... onde o nome de raparigas surgem e somem-se... consumindo estas belas melodias solitárias... 
finalmente sózinho... porque, imagino um ser assim... ninguém atura... ninguém aguenta...
a catarse é também essa... sempre essa... o espiar de cumplicidades que se rompem e quebram... num estranho e sensível percurso... sustentado em melodias frágeis... como frágeis foram as relações que lhe deram origem.... 
her handwriting... surgiu acidentalmente na minha vida... 
não gostei... não gosto da capa do disco... é me indiferente.
não, não me é indiferente... é mesmo muito má... terrível mesmo... mas alguém me disse que eu deveria ouvir este disco... no já longínquo ano de 1996...
e estranhamente mostrei alguma disposição... nomeadamente quando descobri que era a nova banda do vocalista dos the field mice... que em 1998 lançaram essa pérola chamada... where'd you learn to kiss that way?...
e é essa melancolia que nos prende... nos rende a audições sucessivas... consecutivas mesmo... e que nos demonstram também os nossos falhanços amorosos... de uma forma tão discreta e silenciosa...
imagino que o bob wratten apenas pretenda exorcizar os seus demónios... e não convocar-nos todos para uma heresia sentimental...
oiço então, a single kiss... what can i say to change your heart?... less than love... do people ever?... saffron, beautiful and brown-eyed... como poderia ficar as ouvir todas as músicas que constam do disco que se lhe seguiu, lips that taste of tears...
e por hoje, já não falo mais...
porque já falei do bob wratten... de quem nunca ninguém fala...






terça-feira, 21 de abril de 2015












corram > meteorites | echo and the bunnymen




corram, fujam... evitem...
escondam-se... refugiem-se... 
chegou de novo essa bela e maldita melancolia...
porque chegou o novo registo dos echo and the bunnymen...
meteorites... um inesperado registo... porque nem sequer aguardado...
sinceramente... dava-os moribundos... defuntos mesmo...
desde o what are you going to do with your life?... que não lhes augurava nada de bom...

o primeiro momento... o que me chamou realmente a atenção foi essa melodia... que fechava o seu primeiro lp... happy death man...
e se dúvidas ainda restassem... com o heaven up here... tudo se dissipou...
poucos discos terão a coerência e a tristeza contida em closer dos joy division... mas o heaven up here, seguramente não lhe fica atrás...
coeso... melancólico... sincopado.... porque não dizê-lo, triste mesmo...
a fazer lembrar o faith dos cure... no ambiente cinzento... movement dos new order... o always now dos section 25... porque não, o all fall down dos the sound... o virus meadow dos and also the trees... e harmony dos the wake...
todos eles sérios... soturnos... belos e íntegros...

fico então sentado... calado... sobretudo concentrado nessa surpreendente melodia que tem o mesmo nome do disco que a carrega... meteorites... na voz familiar de ian mcculloch... e de quem já pouco mais se esperaria...
sejamos honestos... de quem eu já nada esperaria...















como uma promessa > a promise | echo & the bunnymen



uma promessa. como uma promessa.
naquela conversa tida ao longo daquele jantar... naquela noite...
foi como se de uma promessa se tratasse...
confidenciou-me... confiou-me pormenores de uma vida, a sua...
e uma cumplicidade surgiu... evoluindo com o tempo... e um desejo...
de partilha... de intimidade até...
conversámos tarde... noite dentro... como se o tempo se esgotasse... como se não houvesse mais tempo...
a partilha... leva à descoberta... e ao mútuo fascínio provavelmente...

por um momento... vislumbro, e recordo um momento... num tempo que já passou... 
hmv... os dedos trémulos... na ânsia da descoberta... nervosamente a desfolhar os escaparates.. de discos... maxi-singles de eleição... quando de entre diversas preciosidades surge o inesperado a promise... na sua versão de 12 polegadas... 
dos echo and the bunnymen, assim mesmo.
a imagem da capa... magnética... capaz de deter a minha atenção... por inúmeros minutos... 
a fotografia da falésia recortada... mágica... a fazer lembrar a arriba fóssil da costa da caparica...
o single de 7 polegadas apenas o vi anos mais tarde... com aquela imagem da sessão do brian griffin na praia... aquando da feitura do heaven up here... a areia molhada... o vôo das gaivotas... apenas se sente a ausência dos echo, eles mesmo...
ambos deliciosamente belos... enigmáticos... 
oiça-se então a promise dos echo and the bunnymen...
fica assim uma promessa cumprida, por cumprir.

sexta-feira, 17 de abril de 2015





















entrar por risco próprio > pagan lovesong | virgin prunes


falar dos virgin prunes é delicado. é por vezes complicado, mesmo.
falar dos virgin prunes é também falar do sagrado... até pelo seu lado mais profano...
ouvir os virgin prunes, bem...
ouvir os virgin prunes... poderá ser ainda mais complicado.
basta entrar pelo lado errado da sua discografia... se é que existe algum lado errado em alguma qualquer discografia...
e quando falo de lado errado, sei o que estou a dizer...
não há na verdade lado errado algum... nenhum.
simplesmente ouvir a new form of beauty em toda a sua dimensão... pode ser para o mais incauto ou distraído... uma verdadeira tortura... ou não.
a fase inicial... e por fase inicial refiro-me a todos os discos anteriores a 1986...
onde repousam pérolas como sweethome under white clouds... decline and fall... baby turns blue... causasian walk... walls of jericho... come to daddy... o hipnótico red nettle... e o electrizante pagan lovesong...
falar dos virgin prunes, é também e sobretudo falar de heresia... o duplo 10 polegadas heresie... é um poderoso hino herege, mas ao mesmo tempo sacro. 
porque merece respeito, veneração... pela estranhesa... pela diferença.
até mesmo pela indiferença... com que somos tratados...
percorrer a discografia do gavin friday e seus pares... é um risco enorme...
pala delicadeza... pela indelicadeza, até...
e deve-se abordar... entrar por conta e risco próprio...
até porque se corre o risco de se gostar...
e uma vez enredado... já de lá não se sai.
oiça-se então uma heresia de cada vez... 
pagan lovesong... para começar...  










tão dedicado > dedicated | minimal compact


por vezes é assim.
tudo tão delicado... tudo tão dedicado.
como esta melodia mesmo... dos minimal compact... dedicated.
porque os minimal compact para além de viscerais...
são a momentos... delicados.
a indiferença e a visceralidade advém porventura do binómio wire... virgin prunes...
os minimal compact partilham produtores... com os virgin prunes... e a familiaridade reside porventura nos wire...
mas quando se ouve... dedicated... when i go... autumn leaves... e is it so?... ou até mesmo piece of green... percebe-se... tudo se percebe.
a delicada voz de malka spigel vem ao de cimo... frágil e serena... tudo agitando nessa calma que por vezes também o colin newman consegue aflorar...
e então pode experimentar-se essa sensação... de calma... uma serena tranquilidade que por vezes nem as próprias pessoas nos transmitem... 
é estranho... e estranho.
como é possível que em esparsos momentos a mente humana produza aquilo mesmo que não consegue significar...
existe porventura mais melancolia... serenidade... tristeza mesmo... significado até... em obras de índole humana... sejam no campo da escultura... da pintura... música... cinema... literatura... do que a racionalidade e demonstração humana...
assim troco a audição de dedicated dos minimal compact... por qualquer ida ao café...

terça-feira, 14 de abril de 2015






















uma outra vez > i fall into your arms | he said



alguém me disse uma vez... nunca saber qual o melhor vocalista dos wire...
concordo, por uma vez, concordo.
o colin newman... mais agudo... adocicado mesmo...
um tom de voz... sincero, simpático mesmo...
nota-se nos discos dos wire... mas sobretudo nos seus, em nome próprio...
basta ouvir o it seems... onde se tenta aproximar do registo do graham lewis...
mais grave... seco... soturno. menos elegante... mas porventura mais consequente...
oiça-se qualquer registo dos he said... basta começar pelo princípio mesmo... pump... 
a distância... a familiaridade perdida... a proximidade do colin newman... aqui não existe...
essa distância, seca... que soletra e ordena... num registo grave e longínquo... que determina... que não se consiga... simpatizar com facilidade com a música do graham lewis...
já no caso do colin newman... não. tudo soa a familiar... menos tenso... menos denso.
existe uma proximidade... uma real aproximação mesmo...
nada se tenta disfarçar... porque nada há para ocultar...
é tudo assim mesmo... natural...
como que um tipo simpático que nos entra casa dentro... e conta um punhado de estórias... dentro dessa outra história que é a existência dos wire e de todos os seus projectos satélite... sejam eles mais pop... ou experimentais...
acho que um dia ainda vou ter saudades destas melodias.
e como o dia hoje não correu de feição... troco o colin newman de quite unrehearsed... pelo graham lewis de i fall into your arms...





algumas mortes duram para sempre > the paradise motel


existe um ep dos the paradise motel intitulado some deaths take forever... onde não há nenhuma música com esse mesmo nome.
e se a música dos the paradise motel sempre foi inquietante e incómoda...
a verdade desse nome... dessa afirmação... devolve... tudo... à memória...
algumas mortes vivem para sempre... 
existem em nós, por mais que o tempo progrida e passe...
algumas vidas existem em nós mesmo depois da morte...
porque essas vidas são também a importância da nossa vida...
e por mais que o tempo passe... esse registo teima e existe... persiste.
e igualmente será porventura verdade...
algumas mortes levam tudo... levam-nos tudo...
desarmam-nos totalmente. integralmente.
ficamos assim prostrados... esvaziados... como se o tempo estivesse parado.
sem movimento algum... que não uma melancolia que tudo invade... 
e podia ficar aqui a noite... o tempo todo... inumerando apenas...
todos os que já não estão... e existem apenas em mim... vagueando e vivendo na memória,,, sempre que a memória se lembra... e retorna... devolvendo.
gostaria de viver uma outra vez... confessando assim a importância de alguns... em nós...
fico assim preso... a um passado onde residem todos os antepassados... 



segunda-feira, 13 de abril de 2015













ainda na memória > i am the rain | the names




por vezes é assim.
tudo regressa em catadupa... sem aviso algum...
sem prévio aviso...
é a nossa própria memória que nos atraiçoa e devolve... o passado...
onde reside tudo o que já não há...
onde estão, ficam e aguardam todos os que já não existem... e que a memória teima... em nos devolver...
não lhe chamaria nostalgia... tão-pouco saudade...
chamo-lhe vazio... esse enorme vazio que por vezes se sobrepõe a tudo e tudo preenche...
esse vazio que entontece... porque tudo perturba... o que mais custa é a impotência perante a ausência... 
o consumo da ausência... que tudo devora... penetra e corrói...
esse imenso vazio que demonstra... a fragilidade... sobretudo a impotência...
e é essa mesma consciência de uma enorme impotência que fere... e prostra...
tudo permitindo... nada possibilitando...
porque tudo possuíndo...
e nesses momentos... tudo nos fere... porque tudo revolve... tudo nos devolve... as memórias felizes de momentos que não existem mais... os rostos familiares de pessoas que aprendemos a gostar... 
algures num lugar dentro de mim... guardo... os que residem em memória...
e em momentos assim como estes... oiço uma melodia que abranda e devolve... imagens... odores e vozes... sons parados num momento... presos... recordações de tempos que passaram também por nós...
i am the rain... the names.



















no pinhal > how can i explain the delay | colin newman

assim só.
ao sabor da aragem que corre.
não está ainda demasiado quente... tao pouco frio. está bom, agradável mesmo. pena esta aragem que persiste em existir...
gosto do barulho que provoca nos pinheiros sobre mim. 
mas esse vento associado à sombra da espera no pinhal... tudo arrefece e torna desconfortável, sobretudo num dia assim morno.
decido sentar-me no interior do carro e ligar o rádio.
o som que invade aquele pequeno espaço é... e apenas poderá ser... how can i explain the delay... colin newman.
e, já farto de esperar... interrogo.
como poderemos explicar tamanho atraso?...


Comporta 2015


quinta-feira, 9 de abril de 2015
















algumas vezes > england's always better (as you're pulling away) | piano magic


por vezes, algumas vezes é assim...
gosta-se mais das coisas quando se sente a distância... quando se sente a sua distância...
não, não lhe vou chamar saudade... não é de saudade que se trata...
é de distância... 
sobretudo do afastamento... do distanciamento...
é nesses momentos que tudo valorizamos... por vezes até a rotina...
como dizem os piano magic nesta melodia que agora mesmo oiço...
england's always better (as you're pulling away)... e se mostra o quanto a nostalgia do regresso pode ser belo...
e não falo de sentimento... 
apenas persigo essa névoa que fica e reside em nós... de um regresso a casa...
por vezes é também assim.
quando tudo se complica... o tempo como que pára.
e temos todo o tempo do mundo para pensar.
e esse é o meu pensamento agora...
essa nostalgia que por vezes invade o fim dos dias... e alimenta...
essa vontade de ouvir temas como este mesmo... que invade todas as possibilidades de qualquer sentimento...
qualquer um mesmo. que seja.
mesmo que seja este.


terça-feira, 7 de abril de 2015















na ressaca da páscoa > this side of the looking-glass | peter hammill

de que se fala quando se fala de peter hammill...
do que se fala quando se fala da obra de uma vida... a dele certamente... a minha igualmente.
comecei a ouvir peter hammill... dito de outra forma... descobri o meu desejo de música teria 15... 16 anos... com o in the court of the crimson king... dos king crimson... e do godbluff dos van der graff generator... trazidos até mim por um amigo do meu irmão...
e foi nessas longas tardes e noites de audição... que eu apercebi a importância da música na minha vida... e percebi.
seria injusto desconsiderar o foxtrot dos genesis... parte integrante da trilogia em que profundamente me haveria de debruçar... e que seriam alicerçes mas igualmente trampolim para futuras descobertas plenas de riqueza...
o primeiro disco que verdadeiramente pretendi adquirir... não o encontrei facilmente à data... tendo então optado pela mais óbvia das possibilidades... o nursery cryme dos genesis... ali ainda disponível...
todos os nomes que se lhes seguiram... não teriam sido possíveis... se eu não tivesse começado por aqui... por ali.
foram estes os discos responsáveis por eu ter descoberto a sua importância na minha existência... 
e esse significado intenso e imenso, passaria a ser companhia constante ao longo da minha vida...
cresci... evolui com a obra de imensas bandas... mas o peter hammill foi uma presença constante e uma âncora que se sobrepôs a todos os mais diversos movimentos e modas.
e visto de outro modo... até estranhamente "pai" de todos os outros que se lhe seguiram... seja eles os and also the trees... os lowlife... piano magic... virgin prunes... xmal deutschland... modern english... wolfgang press... wire... e tantos e todos os outros...
e estranhamente mesmo os ainda desconhecidos... porque não desvendados e reconhecidos... 


sexta-feira, 3 de abril de 2015























sexta-feira santa também há música > tell me easter's on friday | the associates




hoje só poderá haver uma música.
todas as outras estão proíbidas.
oiça-se então e apenas essa...
e essa apenas poderá ser esta que agora mesmo oiço...
tell me easter's on friday... the associates...
sim, assim mesmo... por ser sexta-feira santa...
todas as músicas estão proíbidas... menos... excepto esta...
oiça-se repedidamente neste dia essa melodia enigmática e contagiante...
diria mesmo hipnótica... como tantas outras músicas dos associates...
casos como white car in germany... q quarters... bap de la bap... it's better this way... a matter of gender... even dogs in the wild... helicopter helicopter... entre tantas e todas as outras... 
poderia ficar aqui um grande pedaço da noite a enumerar... tantas e todas...

mas não... o hipnotismo hoje cinge-se a uma... apenas esta...
tell me easter's on friday...
essa pérola com que apenas uma única vez me cruzei fisicamente... em londres...
nesse longínquo verão de 1981... de decisões tão difíceis...
verdade seja dita... o dinheiro não nada para tudo... não dava para tanto...
havia que decidir... que escolher...
e no momento de optar... hesitei... e porventura escolhi... mal...
não sei se foi pela crueza da capa... assim só branca e amarela... 
que não pelo conteúdo... sempre idolatrei esta melodia... apenas pensei que nos haveríamos de encontar mais tarde...
que não. possuo o compact disc que agora mesmo oiço... o vinil de 12 polegadas ficou irremediavelmente para trás... ficou lá...
ficou perdido... o único maxi-single verdadeiramente importante dos associates... que efectivamente nunca possui. e creio... isso deve-se à inestética capa. que me fez optar... e correr em direcção à 4ad.
mas hoje está aqui... omni-presente... pelo momento.
oiça-se então novamente essa deliciosa melodia... tell me easter's on friday... the associates.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

















02 abril 2015 > saints preserve us | piano magic

hoje é um dia especial, porque diferente.
é um dia mortal. mortífero mesmo.
porque a morte levou a imortalidade. morreu Manoel de Oliveira.
assim só.
ninguém queria acreditar... porque já ninguém podia acreditar...
Manoel de Oliveira era... é para todos nós, imortal...
não apenas pelo tempo... pelo imenso tempo de vida...
mas sobretudo pela vitalidade...
pela vitalidade com que encarava a vida. a sua.
o tempo que ainda vinha de vir.
para ter tempo... para fazer filmes. mais filmes.
e agora começa... o corropio do costume...
a reposição dos filmes... de tantos filmes... sendo alguns tão pouco conhecidos...
tão desconhecidos.
e ainda incrédulo tento que haja um momento de lucidez... se possível...
e assim só, oiço... saints preserve us... piano magic.
porque falar dos filmes de Manoel de Oliveira... é sobretudo falar de pintura...
não tanto acção... mais planos... imagens fixas... paradas mesmo... presas por esse tempo que agora mesmo faltou... findou.
a importância dos momentos... precisos... preciosos mesmo... 
mas sobretudo a importância dos planos... dos enquadramentos... e da luz.
a dimensão da luz nas imagens. porque era de imagens sobretudo que os filmes viviam... existiam. porque deixavam ver... nos mostravam... assim só... sequências de imagens. planos. luz. e penumbra... e sombra. a importância da sombra na importância da luz...
dito de outro modo... a importância da sombra, na significação da luz...
essa luz clara que definiu e invadiu... e invade todos aqueles filmes. seus. nossos.
os filmes... quanto aos filmes... deixo para vós. 
de momento estou ocupado a ouvir mesmo estes sons... saints preserve us... mas de nada nos serviram... porque não preservarem ou preveniram...
os santos que não deixam de nos surpreender... seja através dos piano magic... ou simplesmente porque absurdamente nos levaram a imortalidade. também.
e já agora... mera coincidência...
a imagem que acompanha este texto foi a primeira fotografia que tirei com a câmara deste telemóvel. 
talvez seja mera coincidência...
ou simplesmente não.