segunda-feira, 22 de agosto de 2016



sem fôlego > after all these years | breathless


confesso.
com os breathless sempre foi assim... uma estranha condição... como lhe poderei chamar...
não lhe chamaria de amor e ódio... até porque não há ódio algum aqui...
apenas um gosto confesso... assim tardio.
descobri os breathless... tal como os cindytalk... provavelmente... tarde.
porque através dos this mortal coil... mais concretamente nos idos anos de 1984 e 1986...
os cindytalk foi fácil... assim mais próximos de tudo quanto ouvia... e esse registo ainda que difícil e intrigante... era próximo de tudo o que eu desejava... camouflage heart...
até mesmo essa estranheza assentava bem... era desejada...
com os breathless... já não posso dizer o mesmo...
chasing promises apresentou-se um disco... difícil... sem empatia... inicial.
tal e qual como quando ouvi pela primeira vez o the return of the durutti column... dos the durutti column...
essa estranheza que senti... pelo som rude... áspero e agreste...
não era... nunca foi uma questão de delicadeza...
imediatamente senti uma enorme afinidade com in the flat field dos bauhaus... com india dos psychedelic furs... com prayers on fire dos the birthday party...
todos eles virulentos... agrestes e demasiado ásperos... 
mas, com o chasing promises foi de facto diferente...
houve uma primeira audição... e um silêncio... pelo afastamento...
por eu próprio achar... que tinha direito ao engano... embora esse simples facto já por si... me enervar...
e voltei, algum tempo depois... voltei...
e descobri.
o que de facto descobri deixou sementes... 
que perduram até hoje... e me deixam sem qualquer fôlego...
















nada é estranho > it's all ahead of you | gavin friday

tanta estranheza... que não estranho.
a distância que vai de heresie... a catholic...
disse-o mesmo... ou antes, disse-lho mesmo...
a ele... gavin friday...
e aparentemente até gostou...
terá sido simples estratégia... simpatia apenas, ou sinceridade, não o sei...
mas que não havia necessidade de demonstrar esse agrado... sinceramente não havia.
e fiquei muito surpreendido... deveras agradado...
por vezes temos esgrimido ideias... agrados e desagrados até...
concordo, confesso que tenho de concordar...
o each man kills the thing he loves... era... é, sempre será um registo magnífico...
o adam & eve... sendo bom... não lhe estava à altura...
quanto ao shag tobacco... sendo obviamente próximo do seu antecessor... foi um disco mais conseguido... em momentos até próximo do seu sucessor... catholic... se bem que distem no tempo... uns meros 16 anos...
senão oiça-se porventura, the last song I'll ever sing... e the sun & the moon & the stars... e o tempo que dista... anula-se... e restam... contemporâneos...
nos virgin prunes... ao tempo, tudo é diferente... tudo era mais radical... marginal...
muito mudou desde a new form of beauty... heresie... até catholic.
é necessária muita paciência... até talvez alguma compreensão... mas sobretudo muita evolução... para um herege se tornar assim crente e católico...
ou até talvez não...



quarta-feira, 17 de agosto de 2016















como se fosse hoje > up on the catwalk | simple minds



deixem-me ser assim estúpido... só hoje...
deixem-me ser estúpido... nem que seja por hoje...
deixem-me ser assim novo... nem que seja só hoje...
ser assim despreocupado... nem que seja apenas por hoje...
ouvi up on the catwalk... speed your love to me... waterfront... e imaginem até estou a corar... mas gostei...
sim, gostei... confesso...
ouvi de headphones postos...o som muito alto... demasiado alto... como o costume de antigamente...
sobretudo as versões extended remix... por vezes demasiado extensas... confesso.
mas gostei... dessas remisturas tão em voga nos anos 80... com introduções enérgicas e sincopadas... tão ao gosto dos... new order... dos siouxsie and the banshees... dos simple minds... the cure... the associates... mighty wah... echo & the bunnymen... e tantos e todos os outros...
a batida muito agressiva... sincopada e frenética até... em melodias que se arrastavam no tempo... até aos 8 ou 9 minutos mesmo...
remisturas para discoteca... para noites longas e intermináveis... infindáveis mesmo... e onde tudo podia acontecer...
deixem-me ser assim estúpido... e ao ouvir, recordar...
um tempo jovem e imaturo... que tanta felicidade trouxe...
deixem-me ser estúpido... só por hoje...
deixem-me ser assim estúpido... sempre.