hoje. e só hoje > circus circus | robin guthrie
sei-o agora.
modéstia à parte... sempre o soube.
oiço, tenho o privilégio de ouvir as mais belas melodias... escutando.
um sem número de inabaláveis músicas, se assim lhes posso chamar.
de momento percorro esse disco... fortune... onde repousa circus circus...
robin guthrie num momento... inqualificável... inclassificável...
se a estranheza habitava e alimentava a tranquilidade dos cocteau twins e tudo impressionava... as melodias de violet indiana... por vezes aproximavam-se de uma pop perigosa e escorregadia...
mas aqui, aqui não.
simplesmente o tempo não conta, já não conta... por que não corre.
parado também ele... a escutar tremenda sintonia...
apenas pontualmente o harold budd... o john foxx... e poucos mais... talvez até os montgolfier brothers... se lhe tenham aproximado...
peter hammill, quem sabe...
repousa, reside aqui uma serenidade assutadora... porque levemente se parece a... morte.
e é essa tranquilidade que obriga a prosseguir... a nunca desistir...
e a melodia percorre o espaço e o tempo... e afunda...
afuda-se numa estranha grandeza... súbita e silenciosa... que tudo percorre e preenche...
como se de uma sepultura num qualquer cemitério tranquilo se tratasse...
agora sei.
talvez até sempre o soubesse...