dois para dois, balizas pequenas
lembro-me assim quando era pequeno... novo...
por ser simplesmente jovem... por ter pouca idade...
e jogar à bola... assim só no jardim... com quem... aparecia.
fiz grandes amizades... e reconheci algumas habilidades...
uns para serem guarda-redes... outros defesas acérrimos... como eu... e até alguns potenciais avançados... que não pontas de lança...
e muitos e grandes jogos depois que envolveram... suor... até polícia... e grandes jantaradas...
também desse tempo se fez vida...
e a memória não esquece...
o tamanho das ondas ao fim da tarde...
o vento nas árvores altas do jardim...
até mesmo o chafariz de pedra que tantas vezes saciou a sede...
o campo imenso e relvado... onde se jogava iluminado noite dentro...
a própria música que tanto e tudo acompanhou e preencheu...
recordo os new order... os echo & the bunnymen... the cure... as férias nas praias no sul de espanha... os wah heat!... e a música de dança das discotecas... never stop... blue monday... hope... the walk... entre tantas e todas as outras... nesse ano estranho em que todas as bandas desejaram ser uma discoteca...
mas acima de tudo relembro as idas ao 2001... para descobrir tantos e todos os novos sons... e essa carrinha datsun... ora branca... ora azul escura... onde nos movíamos... e o som que nos acompanhava... nessas cassetes caseiramente gravadas... e onde invariavelmente os ultravox se inscreviam...
e esse portento que na época tanto e tudo preencheu... systems of romance...
slow motion?... ou quiet man...
dislocation... ou maximum acelleration?...
cross fade... just for a moment...
lembro assim quando era novo...