como memórias > october man | bill nelson
o quarto era pequeno... escuro...
imagino que a casa também o fosse. pela dimensão do inexistente hall...
o comprimento e a largura do corredor.
aquele pequeno prédio ao início da rua... no bairro dos actores... onde costumávamos ficar horas a ouvir... mexer e remexer nos discos entretanto importados...
e na ânsia da escolha das próximas... e as dúvidas...
número 55 creio... o número da porta... e aquelas escadas... de acesso ao rés-do-chão...
e o caminho curto e familiar que invariavelmente conduzia aquele quarto onde se passavam horas de plena escuta... e descoberta...
assim surgiram os crispy ambulance... os dead or alive... o bill nelson... os the wake... os wah!... entre tantos outros... que até hoje perduram...
ainda recordo o nervosismo nas minhas mãos ao pegar pela primeira vez no harmony... e no the plateau phase...
até mesmo a primeira vez em que levei para casa the love that whirls... emprestado...
o quanto todos gostávamos dessas descobertas... e de nos pormos a imaginar... assim só na distância... no desconhecimento... até mesmo na ignorância...
até mesmo as revistas e fanzines da época eram por nós devorados e consumidos... na ânsia de tudo tentar perceber...
imagino que não saibam... alguns não podem mesmo saber... sequer entender...
o silêncio... o desconhecimento... pela distância...
por vezes surgiam rumores assim só... de que estava para sair o disco tal... que já tinha saído o single...
e tudo o que nos pudesse simplesmente transmitir informação... no fundo a maior das simplicidades actualmente... o estar informado.
assim igualmente comprávamos as revistas... que existiam...
as mais colaterais... as mais divergentes... afinal estávamos todos em busca de música independente...
ainda guardo alguns desses pobres fanzines... e as revistas da época...
por vezes ainda regresso a algumas entrevistas contidas nelas...
e retenho na memória os pequenos sete polegadas que o zé paulo tanto gostava de adquirir...
era um gosto muito próprio... mas que quer a mim e ao luís carlos tão bem soube...
pois foi apenas aqui que ficámos a conhecer tantos e todos aqueles lados B... improváveis ou impossíveis de encontrar em mais algum lado...
sim, porque os lados A dos sete e doze polegadas divergiam pelas versões... mas sobretudo pela sua respectiva dimensão... igualmente os lados B ou 2 por vezes também não coincidiam...
e eu que sempre fui um adepto fervoroso dos maxi-singles...
mas isso já há muito que foi dito... tantos e todos o sabem...
número 55 creio... o número da porta... e aquelas escadas... de acesso ao rés-do-chão...
e o caminho curto e familiar que invariavelmente conduzia aquele quarto onde se passavam horas de plena escuta... e descoberta...
assim surgiram os crispy ambulance... os dead or alive... o bill nelson... os the wake... os wah!... entre tantos outros... que até hoje perduram...
ainda recordo o nervosismo nas minhas mãos ao pegar pela primeira vez no harmony... e no the plateau phase...
até mesmo a primeira vez em que levei para casa the love that whirls... emprestado...
o quanto todos gostávamos dessas descobertas... e de nos pormos a imaginar... assim só na distância... no desconhecimento... até mesmo na ignorância...
até mesmo as revistas e fanzines da época eram por nós devorados e consumidos... na ânsia de tudo tentar perceber...
imagino que não saibam... alguns não podem mesmo saber... sequer entender...
o silêncio... o desconhecimento... pela distância...
por vezes surgiam rumores assim só... de que estava para sair o disco tal... que já tinha saído o single...
e tudo o que nos pudesse simplesmente transmitir informação... no fundo a maior das simplicidades actualmente... o estar informado.
assim igualmente comprávamos as revistas... que existiam...
as mais colaterais... as mais divergentes... afinal estávamos todos em busca de música independente...
ainda guardo alguns desses pobres fanzines... e as revistas da época...
por vezes ainda regresso a algumas entrevistas contidas nelas...
e retenho na memória os pequenos sete polegadas que o zé paulo tanto gostava de adquirir...
era um gosto muito próprio... mas que quer a mim e ao luís carlos tão bem soube...
pois foi apenas aqui que ficámos a conhecer tantos e todos aqueles lados B... improváveis ou impossíveis de encontrar em mais algum lado...
sim, porque os lados A dos sete e doze polegadas divergiam pelas versões... mas sobretudo pela sua respectiva dimensão... igualmente os lados B ou 2 por vezes também não coincidiam...
e eu que sempre fui um adepto fervoroso dos maxi-singles...
mas isso já há muito que foi dito... tantos e todos o sabem...