segunda-feira, 30 de setembro de 2019





















discos em catadupa > sleepwalker | colourbox


o que faz com que certas músicas façam parte da nossa vida?...

o que faz com certas composições sejam indissociáveis da nossa existência?...
qual a importância de uma melodia que vive e avança connosco?...
há músicas assim... indissociáveis da nossa existência... 

ouvi mesmo ontem sleepwalker dos colourbox... enquanto genérico de um programa memorial na televisão... que me remeteu a um passado muito óbvio e distante... intrínsecamente impossível de alcançar... 
mas sobretudo inolvidável... no seu quotidiano... objectos, lugares... aromas... odores familiares... rotinas... vozes... rostos e sorrisos inesquecíveis...
o que faz certas músicas devolverem-nos friamente uma vida que já vivemos...
e que devolvem e continuam em companhia... como memória de um tempo que avançou e tudo tornou residual...
o que faz?...

sexta-feira, 27 de setembro de 2019



















um dia o dia chegará > the tired moon | houses



sempre o soubemos... é intrínseco...é-nos inerente... está na nossa essência. 
a vida e a morte...
a existência e a inexistência... que não a desistência...
o simples acto de viver... indissociável do facto de ter que se morrer...
o princípio e o fim...

ou dito de outro modo... e parafraseando paul virilio...
um dia, o dia chegará, em que o dia não chegará.

e assim sendo, parte do que parte fica.





















um dia > lord I´m comin´ | gavin friday


um dia todos nós já fomos novos...
um dia todos nós já nos sentimos novos...

um dia nem todos nós fomos velhos...
um dia todos nós já nos sentimos velhos...

um dia nem todos nós seremos velhos... 
simplesmente porque lá chegaremos...

terça-feira, 24 de setembro de 2019





















novidades, que não são propriamente novas > i break horses

novidade alguma, nenhuma...
não falamos aqui de novidades, porque não são propriamente novidade...
antes, chamemos-lhe... descoberta...
se os i break horses não existissem... existiriam na mesma...
existiriam sempre através de bandas... como donna regina... daughter... black marble... por vezes cocteau twins... snowbird mesmo...
se quando tropecei no primeiro registo de maria lindén... homónima de i break horses... de seu nome hearts... já fiquei intrigado... o suficiente para logo procurar o seguinte álbum chiacoscuro... em tradução livre... light dark... que dificilmente imaginava melhor que o seu antecessor... mas enganem-se...
porque também eu me enganei...
perpassa aqui uma melancolia... um abatimento, que não um marasmo...
melodias sucessivas... taciturnas, mas não em demasia... que prostam e entristecem... 
escute-se medicine brush e tudo ficará mais nítido... esclarecido...

por vezes são estas novidades que de novo nada trazem... mas que desentorpecem o quotidiano... e acalentam alguma esperança...

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

















nada é nada mesmo > expect nothing | cabaret voltaire

esperem pouco deste texto... ou dito de outra forma... 
não esperem muito destes textos... pouco há para dizer.
debruço-me agora no universo dos cabaret voltaire...
nesse imaginário dada... onde não apenas usurparam o nome...
igualmente os processos ali foram integrados... 
a famosa construção do cut-up... esse método de recorte baseado na técnica literária... de fragmentação de um texto... para dar origem a um novo... misturado num novo produto.
este método remonta à década de 1920... cuja origem remonta ao dadaísta... com tristan tzara como seu percursor... mas igualmente importante na obra de brion gysin e william burroughs... tendo posteriormente influenciado toda uma plebe de música electrónica... experimental e vanguardista...

os throbbing gristle e os cabaret voltaire inseriam-se na primeira linha deste novo movimento... sobretudo estes últimos cojos primeiros registos quase tudo devem ao processo de cut-up... desde o grafismo... passando pela música e textos...

descobri-os em londres... numa cave repleta de discos... onde me deparei com o recentíssimo red mecca... que logo adquiri... mas igualmente comprei o mix-up... o incontornável the voice of america e o live at ymca... 
ainda hoje... e nesta distância, parecem-me os álbums mais interessantes da sua interminável discografia...
o the voice of america e o red mecca... em todo o seu experimentalismo... vieram a influenciar o modo como eu próprio passei a ouvir música...
a ausência de melodia foi aqui percursora de demasiadas bandas que se lhes seguiram... e não poderia deixar de referir o heathen earth dos throbbing gristle... igualmente da safra de 1981 que tantos discos saudosos produziu...

e é com algum orgulho mas igualmente um certo embaraço que aqui revelo... a crítica oriunda de um jornal da época que referia os noise... banda onde militavam o gonçalo... o luís cavaco...o bruno biel e eu próprio... após longas tardes de atarefadas gravações nesse apartamento em alvalade... que dariam origem a uma cassete que por tantas mãos passou... 
e a diversas sessões fotográficas que nunca abandonaram a minha memória... à época demasiado influenciadas pelos imaginários distantes de manchester... sheffield e liverpool... que desejávamos ver fundidos aqui mesmo, em lisboa...





sábado, 21 de setembro de 2019





solidão > ground | the cassandra complex

por vezes dou por mim a pensar... 
se sou culpado... se não tenho culpa alguma... se tenho nenhuma...
se devo ser responsabilizado... se tenho culpa alguma... se tenho nenhuma...
passou-se tanto tempo... passaram-se tantos anos...
e o sentimento persiste... e persegue-me...
o que pensar das decisões que tomei... mesmo as indecisões... as hesitações...
o que pensar de tudo o que alterei... tudo o que modifiquei...
as restrições... as modificações... as rotinas...
qual a real responsabilidade?
qual a real necessidade?
qual é e foi a minha responsabilidade?

o que torna tudo mais penoso... é a mudança... o isolamento...
e sobretudo a solidão... que nunca ninguém deseja...
e que acredito, semeei em demasia ao meu redor.
lamento, não era esse o meu desejo... a minha intenção, o meu propósito...
alterei o quotidiano de imensa gente... 
semeei ilusão... construí solidão... desilusão...
lamento... nada disso era minha intenção... ou sequer pairava na minha imaginação...






mojave 3 > aqui vou eu de novo


hoje não sei... deu-me para aqui.
pus-me a ouvir love songs on the radio... assim só.
deve ser do tempo...deve ser da estação, deve ser do mês... setembro já aqui.
e em setembro chega uma melancolia própria... do fim de verão que se aproxima, e adivinha...
e relembro igualmente essa melodia do david sylvian que invariavelmente ouvia no início deste mês... september... aqui também tão perto... próxima, a provavelmente percorrer e escutar...
também permanece junto de mim... green is the sea dos and also the trees... de onde certamente escutarei river of flame... e o ep dos new order... onde pululam hurt e mesh...
também aqui aguardam os discos dos snowbird e i break horses... preciosidades para dias lânguidos assim... e apenas aguardam decisões... e indecisões...

no início da manhã debrucei-me no a quiet darkness dos houses.. na companhia dessas melodias calmas e serenas que ajudam o tempo que passa...
também os joy of life aguardam uma pequena oportunidade... e assiduidade marcada têm igualmente os slowdive... em qualquer um dos seus registos que seja...
já que começámos por falar dos mojave 3... que melhor epílogo que estes mesmos slowdive... digam?

e aqui vou eu de novo...


sexta-feira, 20 de setembro de 2019

 



ao fim do dia > pictures on my wall | echo & the bunnymen



vemo-nos ao final do dia... disse-me docemente com aquele seu sorriso estampado no rosto...
anuí... com o desejo de que todo o tempo daquele dia se esgotasse assim só, num ápice...
virei costas... e após uns passos... virei-me de novo para trás... apenas para deliciosamente reter aquela imagem e consumí-la ao longo do dia...

na distância gosta-se mais das pessoas... sobretudo na ausência...
e quando tudo se torna irremediável... damos valor a esses momentos de que não desfrutámos... simplesmente porque se tornaram rotineiros... e pertença de momentos do quotidiano...

não poderá haver maior erro... do que simplesmente esquecer... o propósito com que tudo se iniciou...
e cair assim, apenas... na familiaridade... na vulgaridade de dias ignotos... em que já não atribuimos qualquer valor ou significado... a nada.
a rotina desgasta... absorve.
o maior erro é não atribuir valor ao tempo... que rotineiramente se gasta... e consome...

quarta-feira, 18 de setembro de 2019
















comatoso > barrow | cemeteries

aqui estou.
agora, parado no tempo. preso, mesmo.
esta forma de vida inútil que nunca antes havia experimentado... custa. 
dói, só de pensar nesse tempo todo... em que nada se passa...
mói, apenas imaginar que estes momentos se repetirão invariavelmente e ciclicamente...
tudo custa quando nada há para fazer...
aqui estou e aqui fico... a ver os minutos a passar... no écran do computador, ansiando pelo fim de mais um tempo vegetativo... 
e assim... neste limbo comatoso, apenas... tendo por companhia estas melancólicas melodias que tentam serenar e remediar o tempo...
barrow... cemeteries.

terça-feira, 17 de setembro de 2019


















parte > all that matters now | breathless

parte do que parte.
parte do que parte, parte.
parte do que parte, fica.




















em pedaços > sleep fantasy dreams | virgin prunes


falar do a new form of beauty... é falar de cacos... estilhaços... bocados.
de pedaços... 
os virgin prunes à época eram assim mesmo...
pareciam ser assim mesmo... viver num mundo à parte... num universo muito próprio, construído e vivenciado assim... numa ilusão muito pessoal...
inventaram... forjaram personagens, que se sobrepuseram à sua própria realidade.
virgin prunes e u2, amigos de infância... encarnaram personagens... e personalidades que permitiram tornar famosos... bono... the edge... gavin friday... guggi... strongman... dik...

a new form of beauty... sete parcelas que constituíam um todo... remotamente possível ou passível à época de identificar, foi a grande pedrada no charco da new wave... a par de heresie e in the flat field dos bauhaus... ou prayers on fire dos the birthday party... onde militava um certo nick cave...
ainda hoje se estranham e entranham estas "melodias"...







sábado, 14 de setembro de 2019



em boa verdade > light years | the national


para ser sincero... verdadeiro...
verdadeiramente, nunca me interessei muito por ela...
nada de sério... ou simplesmente duradouro.
simplesmente aconteceu. proporcionou-se...
foi um momento... um impulso... 
que teve alguma continuidade... mas nada sério... nada para levar a sério.
pelo menos da minha parte...
mas sinceramente acho que foi mútuo.
foi um momento, nada mais do que isso...

creio que naquelas pausas para almoço... o que nos aproximou...
foi sobretudo, foi mesmo a música... a partilha e interesse pelas mesmas bandas... e melodias...
após as refeições costumávamos divagar... sentados naquelas cadeiras de ferro da esplanada... assim só a trocar impressões acerca das músicas e bandas que nos fascinavam... e que eram companhia constante... dias, noite dentro...

partilhávamos os mesmos interesses e designios... assim sem o saber...
desde os óbvios interpol... the national... pontualmente os editors... e aqui que ninguém nos ouve... sempre imbirrei com a voz de falsete a que o tom smith demasiadas vezes recorre...
falámos obviamente dos cocteau twins... the cure... para meu espanto de crueza dos swans e do seu empolgamento com o gavin friday...
verdade seja dita... dei-lhe a descobrir inúmeras bandas... imensos músicos... era óbvio, ela era mais nova do que eu... 
o anthony reynolds em todas as suas possíveis encarnações... a serenidade dos july skies... motorama... cemeteries, que ela ficou a adorar... os the montgolfier brothers... até mesmo para meu espanto, o david sylvian... e a nossa banda cúmplice de eleição... os breathless...

nunca mais nada dela soube... 
mudei de emprego... fui dispensado, fui despedido...
imagino que também já tenha partido, como era seu desejo e ambição...
imagino-a estável... em longas e calorosas tardes a disfrutar de todas essas melodias que por algum tempo partilhámos...
imagino que ainda tenha algures no meu telemóvel, o seu registo telefónico... mas, como eu disse...
verdadeiramente nunca foi um assunto sério...
verdadeiramente nunca me interessei o suficiente por ela... 



quinta-feira, 12 de setembro de 2019






não volto aqui > the disappointed | anthony reynolds


acreditem.
não volto aqui a falar disto...
não volto mesmo. já chamei demasiadas vezes a atenção...

acreditem mesmo...
não volto a falar deste disco...
não, não volto. não quero.
quero este disco a partir de agora, só para mim...
apenas para mim. meu, mesmo.
melodias como a que o anthony reynolds carrega aqui... não, não estão ao alcance de todos. 
antes... estão apenas ao alcance de muito poucos...
senão oiça-se apenas the disappointed... melodia viciante e pesarosa... perturbadora mesmo...
o anthony reynolds nunca foi o maior optimista deste planeta... já deviam ter percebido...

acreditem.
não volto a falar aqui disto...
não volto mesmo. está feita a promessa...

quarta-feira, 11 de setembro de 2019





espero > our false fire on shore | cemeteries


dizem... a esperança é a última coisa a morrer.

não creio.
chegamos a um ponto em que a inércia e o desespero se sobrepõem... e invariavelmente vencem...
pessimismo... optimismo...
também não creio.
neste desespero que antevejo e quase me alcança, opto por este duro optimismo...
our false fire on shore... retirado desse portento que é barrow dos cemeteries.
o sempre não existe aqui. aqui é mesmo para sempre... sendo sempre diferente.
e esta melodia envolveu-me como uma música triste... e depois tudo ficou calmo... estranhamente calmo. tranquilo mesmo.

assim sendo... enquanto houver melodias assim na vida, haverá esperança.
seja lá o que isso fôr...

terça-feira, 10 de setembro de 2019





















99% de nada > please be happy | breathless

99... noventa e nove, assim mesmo... número redondo.
farias hoje noventa e nove anos.
belo número.
para o ano serão cem... 100 anos.
passou-se um século desde o teu nascimento.
100 anos... cem, quem diria. 
obviamente sem já te ter por cá...
o tempo passa e foge-nos... como se nos ultrapassará... deixando-nos irremediavelmente para trás... nesse esquecimento que faz e preenche a história...
e todos os momentos importantes se tornam ínfimos na infinita dimensão do tempo...
a nossa estadia e passagem é um mero grão numa engrenagem que não pára ou compadece... com as nossas vivências e memórias.
assim envolto em recordações... torno-me frágil e vulnerável... desconfortável mesmo... e assim sendo, termino por aqui...
e onde quer que estejas e estejam... sejam felizes.
parabéns!...



sábado, 7 de setembro de 2019



eventualmente > fat | what?noise


por vezes é assim.
raras vezes, digo eu. feliz ou infelizmente.
com os what?noise foi assim.
feliz ou infelizmente...
banda de um disco... banda de uma música. apenas.
feliz... ou infelizmente...
banda ocasional de produtores que se juntaram para um projecto de um disco solitário. fat de seu nome... e que contem uma música chamada eventually... que tudo preenche... e basta.
essa melodia é... é-me suficiente. porque basta. não é necessária mais alguma. nenhuma.
e com produtores deste gabarito... que produziram harmony dos the wake... plateau phase dos crispy ambulance... another setting dos the durutti column, entre tantos outros... digam lá se na realidade vale a pena andarem a armar-se em músicos?...
só se for para fazer canções do calibre de eventually... 
de outro modo, mais vale investir nas suas carreiras enquanto produtores...

sexta-feira, 6 de setembro de 2019



















é hoje > what time? | john grant


alguma vez teria de ser... alguma vez teria de acontecer. 
assim sendo é hoje.
não vale a pena evitar... ou adiar mais.
é hoje.
é mesmo hoje.
vou falar aqui simplesmente desse portento que dá pelo nome de what time?... do disco bónus do queen of denmark... do john grant.
para mim é reconhecidamente intitulada como untitled n°4 dado que é o nome que acompanha esta música, sempre que surge no visor do carro... do disco extra do john grant...
é uma melodia que vem no segundo compact disc... que tem apenas 4 temas... mas tem este. e este chega-me. é suficiente...
se algum dia tivesse que resumir toda a carreira do john grant... the czars incluídos... acho que podem dúvidas me restariam...
elegeria seguramente esta mesma melodia...  untitled n°4 como me habituei a reconhecer... mas cujo nome é efectivamente what time?...


quinta-feira, 5 de setembro de 2019






















...I no longer care about anything | vini reilly, ele mesmo


quem diria.
quem diria, que este sério e idoso cavalheiro é um mestre na... um mestre da sua arte.
olhem atentamente...
é demasiado estranho sequer pensar... todo o legado que este senhor já nos deixou...
é impensável... de tão improvável, ao olhar assim, apenas para esta fotografia... que a muitos nada diz...
ou dito de outra maneira... que a tão poucos algo... tanto diz.

fala-se de vini reilly... o alter-ego por trás dessa banda que dá pelo estranho nome de the durutti column... revolucionário anarca e herói da guerra civil espanhola...
fala-se de um pianista de formação clássica... um virtuoso guitarrista... mas igualmente um guitarrista virtuoso... que já nos presenteou ao longo de 4 décadas de gemas e pérolas intemporais...
que teve a imaginação e o desejo... que se inventou e reinventou... e foi construíndo um trabalho metódico, sério... e sobretudo estruturado e estruturante.

assim apenas a olhar para esta imagem... é estranho. 
é estranho e esquisito.
é estranho o que uma pessoa pode suportar sem se desintegrar... desligar...

a última vez que se pronunciou apenas referiu...
"...I no longer care about anything."




quarta-feira, 4 de setembro de 2019


surpresa > dust swirls in strange light | the national

ainda há... 
ainda existem surpresas assim... boas. 
sobretudo porque inesperadas. boas. mesmo boas.

não, não é que os the national não sejam bons... consistentes.
apenas achei que com o evoluir das músicas... logo,dos discos que se sucediam...
achei que estavam a ficar demasiado... azedos... desesperados mesmo.
havia uma intoxicação nas suas melodias que apontavam para um qualquer desastre em desespero... 
eram os sons... a voz...
acima de tudo ao vivo... havia uma contorsão febril do matt berninger... demasiado teatral para ser verdade... e que tudo e todos contaminava...
com o seu auge apoteótico em sleep well beast... sobretudo concentrado em the system only dreams in total darkness...
não sei como lhe chamar... se raiva... se rancor, esse desespero... essa enorme e imensa desorientação, não fazia prever a calma que se aproximava...
e quando chegou o i am easy to find... tudo se transformou.
melodias como dust swirls in strange light... light years... oblivions... até mesmo rylan mais tradicional e óbvio... her father in the pool...
perpassa aqui uma nova densidade... uma serenidade que não se assistia desde, provavelmente sorrow...
existe aqui uma leveza... uma tranquilidade contagiante... demasiado bela para ser esquecida...
disco maior numa discografia de grande relevância... este novo i am easy to find... acrescenta... e muito ao universo de melodias transcendentes e intemporiais que mudas por aí gravitam...