quinta-feira, 25 de março de 2021


de sonho em sonho > broken heart | spiritualized


sonhei... que sonhava.
que sonhava... e me via... nesse sonho em que sonhava... e me sonhava.
era um sonho em que andava de sonho em sonho... e nunca me cansava...
e tudo o que desejava e nunca alcançava... era apenas despertar... 
e assim poder sair desse sonho... onde enclausurado permanecia... e onde não pertencia...

(acompanhar de broken heart > spiritualized)

quarta-feira, 17 de março de 2021





















finalmente e por fim > vinte e três | noiserv 

agora escondo-me e encolho...
e contradigo-me. 
agora digo. agora há boa música portuguesa...
e mesmo ao proferir estas poucas palavras, revejo... e afirmo.
sim... agora há boa música portuguesa.
sim, eu sei... maior contradição não há... sim, eu sei... escusam de insistir...
porque também eu não vou resistir... é verdade. confesso.
agora há música portuguesa boa... muito boa... da qual me orgulho e publicito...
agora há os noiserv em toda a sua dimensão... agora há vinte e três... agora há catorze...
agora existem os registos de david santos... serenos... sóbrios e seguros...
mas há igualmente o homem em catarse... e os seus registos... nomeadamente sem palavras/cem palavras... onde vive e habita o hey vini... melodia descarada... de homenagem ao alter ego dos the durutti column... igualmente de uma beleza assustadora...
david santos e afonso dorido personificam o que de melhor e mais simples e belo se faz em prol da música em portugal.

agora encolho... e escolho. 
e já não me envergonho ou escondo...
e afirmo...
agora há boa música portuguesa...

quarta-feira, 10 de março de 2021












falta > pale sun | and also the trees

já não era do rio que eu necessitava...
fazia-me falta o mar...
fazia-me falta olhar aquela vastidão... ficar assim só, quieto a olhar para lá de toda aquela imensidão.

faz-me falta o mar. não o rio.
fazia-me falta o mar.
faz-me falta. o mar.
tenho estado longe... não tem sido possível, aceder-lhe.
faz-me falta essa vastidão... essa serenidade, esse poder...
faz-me falta essa dimensão que sempre me demonstra, a nossa desproporção.
faz-me falta o mar tumultuoso... em tempestade...
sobretudo faz-me falta ver o pôr do sol desaparecer detrás na vastidão do oceano... nessa linha que no horizonte separa o mar do céu...