o silêncio > tyrant destroyed | twin shadow
no silêncio...
na quietude... na distância até...
o silêncio instala-se... aquando do afastamento...
digo... que sonhei com uma serenidade... próxima da morte...
porque a morte tudo tranquiliza... serena... acalma.
tal como a tranquilidade após a tempestade...
vive-se disso... alimenta-nos e consome-nos...
a violência de tais momentos... contrasta... com a ausência e o vazio que se instala...
mas igualmente amortece... e entorpece...
qual corpo dormente e adormecido...
agastado por tamanha inquietude... e estranheza...
e segredo-te... o silêncio que se instala... junto com a vontade de isolamento... e solidão até... quando já não há forças para combater o sofrimento... mas sobretudo o vazio que perdura...
há uma vontade... uma ausência de vontade... uma imensa inércia... e um enorme vazio... vácuo mesmo... porque impossível de preencher...
quando uma pessoa parte... nada a substitui... e essa lacuna perdura... para sempre...
esse é um espaço vazio... para sempre vazado em nós... que será sempre impossível de preencher... porque tudo o que constitui e constrói a nossa existência... enriquece-a e
alguns dão-lhe o nome de saudade... eu chamo-lhe destruição...
porque é algo irreparável... insubstituível...
é quando nos sentimos destituídos... descrentes de sentimentos...
por tamanha provação e sofrimento...
acredito... acredito que quando os sentimentos são testados a um limite inimaginável... se dissolvem... e nos devolvem um vazio... perante a ausência...
na quietude e distância...pelo irreparável afastamento...
fico a ouvir twin shadow... tyrant destroyed... melodia melancólica que também fala de ausência... vazio... e nos cerca de uma imensa tristeza...
o silêncio e a introspecção após a partida...
e só no verdadeiro afastamento assumimos a dimensão... da perda.
o silêncio e a introspecção após a partida...
e só no verdadeiro afastamento assumimos a dimensão... da perda.